Metodologias ágeis: base e treino tornam seus projetos mais efetivos

Conhecer os fundamentos, aplicá-los e repeti-los. Esse é o grande segredo quando o objetivo é obter bons resultados ao utilizar metodologias ágeis na rotina profissional. Por mais que se tratem de técnicas diferenciadas e inovadoras, o processo de aprendizado segue os mesmos padrões que os tradicionais. 

Ao acompanhar esse passo a passo, é possível aperfeiçoar o processo e, consequentemente, as entregas, uma vez que o time consegue visualizar, com antecedência, o caminho ideal a ser trilhado, as metas a serem alcançadas, assim como eventuais obstáculos e pontos de melhoria.

Escolher uma determinada metodologia ágil e compreendê-la, facilita (e muito!) a adaptação à capacidade e às necessidades tanto do time como do projeto em si. Ao reconhecer e replicar, chega um momento em que a aplicação torna-se automática. Porém, para chegar a tal patamar, é preciso de muito treino.

Mas o que significa treino em um cenário que utiliza metodologias ágeis? 

Resumidamente, é a repetição dos processos. Trata-se do ato de aplicar, no dia a dia, o conhecimento referente à metodologia escolhida, seguindo suas etapas, repetindo-as e ajustando-as, para que, em um determinado momento, elas se tornem algo totalmente natural. 

Lembrando que as pessoas são as peças fundamentais ao longo de todo o percurso e, por isso, precisam ter autodisciplina e senso de importância de cada uma das fases da atividade em questão.

Faz parte desse treino seguir, fielmente, os rituais estabelecidos pela metodologia. No caso de Scrum, são eles:

  • Planning: encontro realizado no início de cada sprint (ciclo de desenvolvimento do trabalho), com o objetivo de alinhar o que será feito para que um determinado produto atenda às expectativas e às necessidades do cliente.
  • Daily: reuniões rápidas e diárias, nas quais o time aborda o que está realizando, o que fará, se existe algum impedimento ou problema etc. Nestes momentos são discutidos, também, os cronogramas e as métricas referentes à entrega.
  • Review: realizado ao final de cada sprint, é o momento em que o time apresenta tudo o que foi desenvolvido, incluindo as funcionalidades implementadas, durante o ciclo em questão. 
  • Retrospective: último evento de uma sprint, é o momento em que o time avalia sua performance, a fim de identificar o que deu certo e que não – nos quesitos pessoas, ferramentas e processos – para, então, traçar os planos de ação voltados à sprint seguinte. Para que a análise seja a mais assertiva possível, ela se baseia em alguns indicadores, que são: cycle time – tempo da operação desde o início até o final -, lead time – tempo passado desde o pedido do cliente até o produto ou o serviço ser entregue para ele – e throughput – vazão média, ou seja, quantidade de entregas que o time consegue realizar ao final de cada sprint ou dentro de um determinado período de tempo.

Após todos esses rituais e a realização da entrega em si, chega a vez de aplicar o Radar Ágil, a fim de avaliar a agilidade, a experiência e o comprometimento do time, inclusive apontando, em números, o que manter, o que falta entender, quais são as dificuldades, o que deu errado, quais e quantos são os pontos de melhoria etc. A ideia é a evolução contínua.

Quem é quem na metodologia ágil e, consequentemente, nos treinos?

Para que a rotina e os treinos sejam possíveis no dia a dia do universo ágil, cada profissional do time tem papel fundamental ao longo de todo o processo. Na metodologia Scrum, por exemplo, são eles:

  • Scrum Master: é o líder servidor, que entende, ouve e utiliza os princípios do Scrum para auxiliar nos rituais que fazem parte do processo. Ele é o responsável por definir e priorizar as ações, assim como educar o time, relembrando as práticas diárias e apontando as responsabilidades e os papéis de cada um (incluindo o do PO). É, ainda, o guardião das boas práticas da metodologia e, além disso, tenta resolver possíveis impasses. 
  • Product Owner (PO): é quem defende os interesses do cliente final. Por isso mesmo, determina as tarefas a serem realizadas em cada sprint, colocando-as no Product Backlog – lista ordenada de todos os requisitos de um determinado produto – e, depois, transferindo-as ao Sprint Backlog – lista de atividades que precisam ser feitas durante uma sprint – no início de cada ciclo. É, também, quem aponta se o time está ou não seguindo o processo e, se preciso, o coloca no rumo novamente.. 
  • Dev Team: é composto pelos profissionais responsáveis pela execução das tarefas, os quais devem seguir as etapas da metodologia, repetindo-as e aprimorando-as. No final de cada sprint, esse time apresenta o que foi produzido ao PO, para saber se o serviço está ou não aprovado. 
  • Agile Coach: esse profissional está acima do Scrum Master, pois domina todo o contexto. Seu papel é garantir resultados e entregas bem-sucedidas. Além disso, ajuda a organização a utilizar, se preciso, as várias metodologias ágeis existentes, uma vez que ele domina mais de uma ou, até mesmo, todas.

Vale destacar que o treino leva à amplitude do conhecimento. E, quanto mais a equipe souber ou aplicar a metodologia ágil selecionada, mais torna-se autossuficiente. Quando ela atinge esse nível de maturidade, significa que o Scrum Master cumpriu o seu papel.

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