A implementação de uma metodologia ágil se tornou fundamental para as empresas que buscam acelerar o processo de transformação digital. Uma dessas estratégias são as squads ágeis, modelo organizacional caracterizado por equipes multidisciplinares com o objetivo de melhorar os resultados e transformar times não ágeis.
Essa estrutura permite o ganho de agilidade, criatividade e gera autonomia aos colaboradores. Alguns exemplos de sucesso de squads de TI ágeis são o Spotify, Nubank e Google e, embora este modelo tenha nascido no contexto das startups, ele vem se tornando popular em outros nichos. Tanto que, segundo a pesquisa PMI’s Pulse of the Profession, realizada pelo Instituto PMI, 73% das organizações globais já utilizam a metodologia ágil para gerenciar projetos.
Importante ressaltar que o erro mais comum ao implementar squads de TI ágeis é não saber exatamente como o modelo funciona ou as estratégias e práticas que devem ser adotadas. Por isso, acompanhe este artigo e descubra o que é a metodologia, como funciona sua alocação, a diferença entre a estrutura ágil e a tradicional e o que torna um time não ágil. Vamos lá? Continue a leitura.
O que é metodologia ágil?
Antes de abordarmos o que é a metodologia ágil, é importante deixar claro o significado de Squad. Esse nome é dado ao modelo organizacional que separa os profissionais em pequenos grupos multidisciplinares com objetivos específicos. São equipes compostas por especialistas em diferentes áreas, mas que atuam de forma interdisciplinar e autônoma, do início ao fim de um projeto.
Com entregas mais rápidas e frequentes, as squads tendem a ser mais inovadoras, auto-organizáveis e criativas. A consequência disso é a diminuição dos silos, o aumento de confiança e o compartilhamento de responsabilidades para uma maior eficiência e produtividade da equipe.
Sabendo disto, torna-se perceptível que o conceito de squad é intrínseco à metodologia ágil, pois ela guia as ações das empresas, independentemente do segmento ou tamanho, em busca de melhores resultados e aumento na produtividade, justamente o mesmo objetivo dos times ágeis: prontidão, reações rápidas às mudanças e capacidade de adaptação.
Simplificando, a metodologia é um fluxo de trabalho mais ágil, flexível, sem tantos obstáculos, com total interatividade e que resulta em maior rapidez aos processos e à conclusão de tarefas, em todas as etapas do planejamento. Basicamente, ela torna os processos mais simples, dinâmicos e interativos, da concepção da ideia até o produto final. Entre suas principais características, podemos destacar:
- Melhoria contínua;
- Cooperação entre equipe e cliente;
- Feedback constante;
- Entregas rápidas e de alta qualidade;
- Flexibilidade do escopo do projeto;
- Criação de valor de acordo com as necessidades do cliente;
- Adaptação às mudanças;
- Alto nível de inovação.
Aplicação da metodologia ágil na gestão de projetos
Aplicar a metodologia ágil na gestão de projetos, atualmente, não é algo difícil, pois as ferramentas que possuem o conceito ou, de fato, fazem parte da metodologia são comuns. Vão desde as plataformas de gestão até os sistemas completos de administração empresarial e, hoje, praticamente todas as organizações contam com soluções do tipo.
Só que, para implementá-las, é preciso tomar alguns cuidados, principalmente por parte de empresas que não possuem a agilidade em sua essência, mas que agora buscam se adaptar. Por isso, é necessário considerar que qualquer transformação ágil deve ser abrangente, adotando a estratégia, a estrutura, os processos, as pessoas e a tecnologia da companhia, bem como ter a consciência de que nem tudo pode ser antecipado e que imprevistos podem acontecer. Por isso, a flexibilidade é a chave.
Para implementar as metodologias de maneira eficaz, é possível seguir os passos da jornada para o agile. São eles:
- Identificar quais setores, produtos e fluxos de trabalho criam valor para o negócio, mapeando processos que podem se beneficiar do maior dinamismo e agilidade dentro desses pontos;
- Criar fluxos de valor, de maneira a dar um sentido mais organizacional nas entregas e no report de resultados;
- Identificar os times ágeis e suas missões, buscando potencializar sua entrega de valor. Aqui, definem-se também as ferramentas e frameworks ágeis;
- Identificar as melhorias e avanços necessários no que diz respeito à tecnologia ou equipe, com o intuito de mudar a cultura organizacional e habilitar a aplicação da metodologia ágil;
- Ao chegar às conclusões para todos esses pontos, é hora de definir o roadmap de implementação.
Metodologias ágeis x metodologias tradicionais
As metodologias ágeis diferem das tradicionais em vários pontos, mas um dos principais é a velocidade do processo. A tradicional, também chamada de cascata, é conhecida como uma sequência predefinida de etapas, contendo análise de requisitos, desenvolvimento, testes, produção e manutenção. Nessa abordagem, os projetos são bastante demorados e o princípio é prever quais serão os resultados na entrega final.
Já na metodologia ágil, o foco é se adaptar às mudanças e planejar. Por isso os projetos são divididos em pequenas entregas, denominadas iterações. Cada uma delas é um pequeno pacote que inclui todas as etapas citadas em um ciclo rápido e eficiente, que gera uma entrega parcial. Conforme os ciclos se repetem, o produto é aprimorado continuamente, de modo experimental, podendo ser testado a cada funcionalidade.
Assim, não só o cliente, mas também a equipe, consegue ver resultados rapidamente e dar feedback durante todo o processo. Com isso, o método ágil permite que as squads entreguem mais valor em menos tempo. Como resultado, a versão final na metodologia ágil é mais completa e assertiva do que na tradicional.
Outra diferença fundamental é que no método ágil os projetos estão sempre abertos às mudanças, por mais impactantes que sejam. Por outro lado, na cascata, procura-se minimizar as alterações para não comprometer o planejamento. Por fim, a participação dos clientes e profissionais no processo também faz parte da cultura ágil. Os principais tipos de métodos que se utilizam de processos ágeis no mercado são:
- Scrum
- Lean
- Kanban
- XP – eXtreme Programming
- DSDM – Dynamic Systems Development Methodology
- FDD – Feature Driven Development
- ASD – Adaptive Software Development
- SAFe – Scaled Agile Framework
Squad ágil x time não ágil
Gerenciar um negócio, muitas vezes, não é uma tarefa fácil. Burocracia, hierarquia e departamentalização são conceitos antigos que, hoje, mais atrapalham do que ajudam na gestão de uma empresa. O mercado exige agilidade e capacidade de se adaptar a mudanças e isso não combina muito com esses termos. É da necessidade de romper com esse padrão que surgiu a metodologia ágil, uma forma totalmente diferente de pensar as equipes, resolver problemas e desenvolver soluções, principalmente na área de tecnologia das companhias.
Uma equipe de TI apresenta seu próprio conjunto de desafios, mais ainda quando ela é distribuída. Um desses desafios é manter práticas ágeis que forneçam valor real. As squads ágeis ensinam a reagir a situações inesperadas e a seguir um processo de melhoria contínua. Isso ajuda a evidenciar cenários que podem não ser problemáticos a princípio, mas nem sempre são adequados para determinadas condições.
Uma das vantagens de se trabalhar com uma squad de TI é que cada um desses pequenos grupos tem um objetivo específico. Pela multidisciplinaridade da equipe, as soluções para alcançar esse resultado acontecem de forma mais ágil, observando muitos pontos de vista ao mesmo tempo.
E, para tudo dar certo, é preciso que cada squad tenha autonomia para tomar decisões e desenhar sozinha o caminho da solução, já que não há uma hierarquia. E, mesmo sem a presença de um gestor, cada grupo possui um product owner, profissional que define as prioridades do backlog e ajuda a corporação a definir prioridades e acompanhar tarefas.
Assim, mesmo com uma equipe de integrantes de várias áreas, organizada e focada na solução de uma só questão, os resultados ocorrem de forma mais rápida e inovadora. É como se cada squad fosse uma miniempresa, com seus objetivos, autonomia e capacidade multidisciplinar.
Para o head de squad da Runtalent, Allan Qualtieri, um dos maiores benefícios de se ter uma squad ágil é que, ao colocar a responsabilidade e dar autonomia ao time, a empresa, além de melhorar os resultados, faz com que o profissional seja um apaixonado pelo produto, além de criar comprometimento. Já o time não ágil traz apenas perdas, podendo, inclusive, levar um negócio à falência.
“Um time não ágil tem uma trava corporativa, fazendo com que se perca muito tempo na tomada de decisão, pois o processo é engessado e não consegue responder rapidamente às demandas e mudanças. Já a squad ágil tem liberdade e autonomia para inovar”, complementa.
E, ao optar pela contratação de uma squad ágil em seu projeto, você inicia a transformação digital em sua empresa, pois terá uma equipe autônoma, engajada e totalmente focada na entrega, atuando com metodologia ágil para produzir mais em menos tempo.
Concluindo, um time não ágil não possui autonomia, o que acarreta perda de tempo e, em alguns casos, dinheiro. As necessidades são repassadas a essa equipe que apenas executa os comandos, sem voz ativa, participação ou liberdade para tomar decisões. Um time não ágil desacelera processos e, em meio à transformação digital, isso só traz prejuízos.
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