Saúde mental no processo seletivo – entenda como abordar o assunto na sua empresa

Algo que deveria ter sido tratado como prioridade desde o início, hoje cada vez mais ganha a devida atenção: a saúde mental durante o processo seletivo.

Por conta da pandemia e a crise econômica desencadeada nos últimos anos, é difícil descansar a mente na hora de dormir sem se preocupar com o destino, a qualidade de vida, a economia e a permanência no ambiente de trabalho.

Segundo uma pesquisa realizada pela Fiocruz em 2020, 53% dos participantes se diziam ansiosos e nervosos, 40% se sentiam tristes ou deprimidos com frequência e 43% começaram a ter problemas para dormir.

Os alarmantes números provam que a saúde mental deve ser uma prioridade e não um luxo. E, na leitura de hoje, falaremos mais sobre como o tema pode englobar todos os setores de uma empresa, começando na área de recrutamento e seleção.

Como quebrar o estigma de saúde mental nas empresas?

Uma análise realizada em 2020 pela consultoria McKinsey, revela que 75% das empresas reconhecem como um verdadeiro estigma o tema saúde mental em seu ambiente de trabalho.

A mesma pesquisa mostra que 37% dos funcionários evitam procurar tratamento, pois não querem que as pessoas saibam que têm problemas relacionados à saúde mental, e essa confirmação poderia ser relacionada à produtividade em seu dia a dia profissional.

Neste contexto, com o debate sobre o bem-estar ganhando espaço, muitas organizações estão empenhadas em abordar o conceito em todos os momentos, desde o processo seletivo

Falar sobre bem-estar é o primeiro passo para trabalhar nas habilidades comportamentais de cada indivíduo, uma vez que essas competências estão ligadas diretamente com a maneira que cada um vive o dia a dia na empresa.

Segundo a responsável pelo RH na Runtalent, Simone Cipriano, “o desenvolvimento de habilidades comportamentais é fundamental na construção de uma carreira, porque as pessoas normalmente entram na empresa pela habilidade técnica e saem pela atitude comportamental.”

Como trazer questões relacionadas à saúde mental já no processo seletivo?

Com os dados citados, que mostram o impacto de uma pandemia na saúde do colaborador, muitos recrutadores tiveram que colocar a resiliência em prática e assumir a missão de entregar bons resultados em um cenário de desafios. 

Assim, além de ministrar processos a distância, a área de Recrutamento passou a lidar com mais frequência com candidatos passando por períodos difíceis, o que também é uma variável importantíssima a ser considerada durante esse processo.

Nesse caso, é dever de um bom recrutador entender não apenas as habilidades do candidato, mas também a situação atual que ele está enfrentando, ou seja, se está fora do mercado há muito tempo, se teve uma perda ocasionada pela pandemia, se sua saúde física e mental foi afetada etc.

O primeiro passo para um melhor recrutamento é quebrar o preconceito. Uma grande parte da sociedade ainda vê as pessoas com transtornos mentais como incapazes de realizar determinadas tarefas ou “instáveis”. Essa visão é errada e as empresas precisam começar a entender isso e implantar ações que tornem seu ambiente seguro, conscientizando os líderes, RH e recrutadores.

Ainda assim, é importante lembrar-se de que o recrutador não deve, em hipótese alguma, perguntar ao candidato se ele está passando por algum tipo de tratamento ou medicado. Afinal, se o profissional se sentir confortável e se achar necessário, ele mesmo irá mencionar o assunto. 

E o grande desafio, depois de um processo humanizado, é garantir bom acompanhamento e suporte para a saúde mental. É exatamente aí que o RH entra, garantindo formas de produtividade e eficiência, construindo uma gestão de pessoas que dedica atenção à saúde física e mental daqueles que fazem a empresa funcionar. 

A grande tarefa é criar uma cultura de empresa que esteja pronta para trabalhar questões emocionais e psicológicas de maneira implícita e fluida, já que ambientes tóxicos, cobranças extremas e falta de motivação são fatores que afetam a saúde mental

“Na Runtalent, propomos ações, encontros e espaços de troca, que sempre são frequentados e não ficam restritos ao mês de setembro”, ratifica Simone Cipriano.

E qual é o papel do profissional?

O debate sobre saúde mental não é unilateral. É importante falarmos em autorresponsabilidade e em autoconhecimento.

Apesar das circunstâncias e desafios, ainda assim, é importante que os profissionais estabeleçam uma cultura de acolhimento entre seus pares e gestão, pois, apesar de navegamos por mares diferentes, todos e todas passam por uma batalha da qual não conhecemos, por isso, a gentileza é fundamental. 

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É preciso mapear os sintomas de esgotamento profissional, direcionar intervenções customizadas aos seus profissionais, acompanhar e controlar os níveis de proteção contra sintomas dessa exaustão e garantir que o ambiente de trabalho seja sempre um espaço de crescimento, nunca um lugar nocivo.

Aqui, na Runtalent, nosso objetivo é potencializar os nossos especialistas, levando os profissionais mais capacitados, motivados e competentes para lidar com as soluções tecnológicas de sua organização.

É impossível falar de tecnologia sem citar questões de saúde. Antes de cuidar dos sistemas e algoritmos de uma empresa, é preciso cuidar do corpo e da mente de quem trabalha com eles.

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