Alguma vez você já sentiu como se o excesso de informações, principalmente nas redes sociais, estivesse sendo nocivo, a ponto de atrapalhar o seu rendimento e afetar a sua saúde física? Pois saiba que não é uma simples impressão: isso se chama infoxicação, conceito criado por Alfons Cornella, em 1996.
Segundo Cornella, físico espanhol, a infoxicação acontece quando a pessoa se encontra em um cenário onde recebe muito mais informações do que é capaz de processar, resultando em uma sensação de culpa e de estar sempre desatualizada, como se ainda faltasse algo.
E esse tópico ficou ainda mais em evidência com o uso excessivo das redes sociais. Especialistas da Universidade de Berna (Suíça), revelaram, em 2012, que um ser humano possui a capacidade máxima de ler 350 páginas por dia – caso faça apenas isso durante 24 horas.
Apesar desse dado, que se mantém atual após dez anos, o volume médio dos conteúdos que consumimos anualmente não para de subir: mensagens, notícias, e-mails, publicações e outras maneiras da informação fragmentada em nossas telas representam cerca de 7.355 gigas, o equivalente a dois milhões de livros.
Como se não bastasse todos os problemas causados para a saúde da pessoa, que luta para captar cada vez mais informações do que é capaz, compreender, checar e efetivamente utilizar, a infoxicação também é um dos principais culpados pelo aumento na propagação de fake news, uma vez que é responsável pelo consumo compulsivo e desenfreado de informações, sem checagem de fontes. Para entender melhor como esse mal se apresenta e como evitá-lo, acompanhe nosso conteúdo.
Quais são os sintomas da infoxicação?
O excesso de informação não digerida geralmente ocasiona a ansiedade e o estresse, mas se engana quem pensa que os sinais são tão abrangentes assim. A infoxicação apresenta sintomas muito mais específicos, entre eles:
- Hiperconectividade: desejo de estar conectado o tempo todo com os meios digitais;
- Dispersão: perder o foco rapidamente enquanto lê notícias;
- Dificuldade para se concentrar: não conseguir se concentrar em atividades cotidianas, seja em casa, no trabalho ou nos estudos;
- Aumento da ansiedade: ocorrem sintomas como batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, tremedeira, insônia, entre outros.
- Desenvolvimento do estresse: se estressar com pequenas coisas e ter sintomas como cansaço, tensão muscular e dores de cabeça.
- Aparecimento da síndrome da fadiga informativa: cansaço extremo ao realizar qualquer tipo de atividade.
Como evitar a infoxicação?
Viver no mundo moderno e estar atualizado não precisam ser sinônimos de estresse. O equilíbrio e o consumo de informações podem sim coexistir de maneira saudável. Aqui vão algumas dicas para aderir ao consumo saudável de conteúdo e evitar a infoxicação:
- Não compartilhe notícias sem fontes: a primeira ação de combate ao consumo desenfreado é parar com o compartilhamento sem checagem.
- Limite seu tempo nas redes sociais: lembre-se sempre de que a internet deve trabalhar para você, nunca o contrário.
- Silencie termos e usuários que possam estar sendo prejudiciais à sua rotina: nem tudo que a internet te joga na tela precisa ser consumido. Identifique o que é essencial e se livre do que não é.
Tão importante quanto estar conectado é saber se “desconectar” do que não é do seu total interesse. A tecnologia existe com o intuito de facilitar a nossa vida e gerar conexões produtivas. E é por isso que identificar esses males e bani-los de nosso sistema, assim como fazemos com nossos computadores, é essencial para a saúde mental.
A Runtalent acredita que a informação é uma forte arma quando aliada ao cuidado e à responsabilidade. Para mais conteúdos produtivos como este e que agregam valor para a sua vida profissional e pessoal em relação à tecnologia, acesse o nosso blog.