Utopia para uns e fato para outros, o metaverso, considerado a realidade do futuro, é a fusão do mundo virtual e físico, uma tecnologia que poderá revolucionar a forma de consumir conteúdos, realizar compras e se relacionar com outras pessoas. Além disso, ele promete ser um divisor de águas para o mercado de trabalho.
Com empresas, e até mesmo governos, investindo cada vez mais na criação desse novo universo, o metaverso possibilitará novas formas de trabalhar, mudando as relações entre colaboradores e corporações. De acordo com um estudo da empresa de consultoria e auditoria PwC, em menos de 10 anos essa realidade paralela estará presente em 23 milhões de empregos em todo o mundo, o que reforça a entrada de companhias e profissionais nesse universo digital e, consequentemente, a criação de novas profissões e oportunidades.
Acompanhe este artigo e descubra como essa nova tecnologia transformará o mercado de trabalho, criará profissões e quais já existentes estarão em alta. Boa leitura!
O que é metaverso?
Antes de conhecermos quais são as profissões resultantes do metaverso, é importante saber o que ele significa. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, o metaverso vai muito além de recursos para jogos. Por meio dele, é possível aprender, comprar, trabalhar, realizar reuniões de trabalho em tempo real e socializar. Tudo isso por meio de avatares, criados por usuários(as) que os representam nesse ambiente digital.
Pode-se dizer que ele é uma nova camada da realidade, integrando os mundos virtual e real em uma realidade estendida (XR). Em outras palavras, é um ambiente virtual imersivo 3D (tridimensional) construído por meio de três tecnologias:
Realidade virtual (VR): que é um ambiente totalmente artificial, onde há imersão total em um ambiente virtual. Como, por exemplo, o jogo The Sims;
Realidade aumentada (AR): diferente da VR, na AR os objetos virtuais são sobrepostos ao ambiente do mundo real. Ou seja, os objetos digitais são vistos no mundo real, tais como o jogo Pokémon Go ou alguns filtros do Snapchat e Instagram;
Realidade mista (MR): nesse ambiente, o virtual e o real são combinados, unindo as tecnologias VR + AR, permitindo a interação do mundo real em um ambiente virtual.
Essa tecnologia ganhou destaque em 2021, quando o Facebook anunciou investimento no metaverso, alterando, inclusive, o nome da empresa para “Meta”. Mas o termo é mais antigo do que imaginamos, sendo descrito pela primeira vez há exatos 30 anos pelo autor Neal Stephenson, em seu livro de ficção científica “Snow Crash”, que se refere à tecnologia como sendo “um mundo virtual 3D vivido através de avatares de pessoas reais”.
Novas profissões que estão surgindo com o metaverso
Com o crescente uso dessas novas tecnologias, os profissionais e o mercado de trabalho precisam se adaptar, assim como adquirir novos conhecimentos, habilidades, condutas e dinâmicas sociais. Além disso, para que esse novo cenário se torne realidade, será preciso que profissões existentes ganhem novas diretrizes e outras sejam criadas. Entre elas, destacamos:
Desenvolvedor(a) de ecossistemas (ecosystem developer): será responsável por coordenar parceiros e governos para garantir que as várias funcionalidades criadas sejam possíveis em larga escala. Esse profissional também irá obter investimentos governamentais em infraestrutura e incentivar toda a comunidade de participantes.
Desenvolvedores de avatares: como no metaverso, cada pessoa ou empresa poderá criar sua própria identidade virtual, esse profissional contribuirá na criação e na personalização de avatares.
Especialista em cibersegurança: esses profissionais serão responsáveis por bloquear ataques em tempo real e garantir que leis e protocolos sejam reconsiderados e adequados.
Storyteller destinado ao metaverso: será responsável por projetar missões imersivas aos participantes, por meio de storytelling (criar histórias utilizando uma narrativa envolvente para promover pessoas e negócios).
Cientista de pesquisa do metaverso: será responsável por construir algo semelhante à teoria de tudo, em que o mundo inteiro seja visível e possa ser acionado digitalmente. Essa arquitetura será a base para o restante, como jogos, anúncios, controle de qualidade em fábricas, saúde conectada etc.
Construtor(a) de hardware do metaverso: esse profissional será o especialista em criar dispositivos essenciais para a utilização no metaverso, como sensores, câmeras e fones de ouvido, entre outros.
Especialista em bloqueio de anúncios: assim como no modelo AdBlock Plus (extensão que filtra anúncios), ele será responsável por desenvolver plugins que podem impedir que propagandas apareçam. Para isso, essa pessoa precisará ter conhecimento em codificação e acesso ao código-fonte do metaverso.
Estrategista digital do metaverso: esse profissional precisará direcionar um portfólio estratégico de oportunidades, desde a prova da ideia até o processo de implantação, sendo o responsável pela estratégia de todo o portfólio, identificando oportunidades de mercado, conduzindo cases, desenvolvendo métricas, entre outras ações.
Advogados(as) especialistas em smart contracts: os smart contracts (contratos inteligentes) são contratos digitais programáveis que se executam automaticamente, sem a necessidade de intervenção humana. E os metaversos dentro de uma rede blockchain usarão os smart contracts para funcionar. Esse profissional terá desafios jurídicos como análise de taxas de transação virtual, privacidade e proteção de dados, cumprimento dos direitos autorais e dos usuários como consumidor.
Estilista de moda digital: no metaverso, além do uso de criptomoedas para negociação, os NFTs (sigla em inglês para tokens não fungíveis que são registros digitais da posse de determinado bem, seja ele real ou virtual) também serão empregados. E, como no metaverso, o NFT poderá representar um personagem ou avatar de pessoas reais, haverá a necessidade de estilistas para a criação de roupas e acessórios.
Empresas já estão apostando no metaverso
Antes mesmo do metaverso se tornar uma tendência, muitas empresas já estão utilizando a realidade aumentada em seus processos internos, desde reuniões até processos de recrutamento. Ainda mais com a mudança nas dinâmicas corporativas devido às ferramentas de videoconferência e colaboração online que se popularizaram com o aumento do modelo de trabalho remoto.
Empresas como Meta (Facebook), Microsoft, a fabricante de chips Nvidia e até mesmo a Nike, O Boticário e Banco do Brasil já estão se aventurando no metaverso, moldando o futuro do trabalho e quais serão as tendências trazidas por ele.
E a transformação desencadeada pelo metaverso deve ir muito além, mas exigirá esforço por parte das companhias, que terão que se adequar e digitalizar seus processos. Além disso, por ser um setor bilionário, a Bloomberg Intelligence estima que esse mercado deva chegar a US$ 800 bilhões em 2024, com o potencial de transformar as interações sociais, negociações comerciais e a economia da internet em geral, ou seja, todo o cuidado com a cibersegurança será pouco.
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