Diversidade e inclusão no mercado de TI: entenda o caminho que temos pela frente

Sabemos como é importante ter a diversidade em um ambiente. Além de tornar o local mais acolhedor, isso transforma a cultura e abre novos tipos de debate, além de abrir caminhos para a inovação, algo que empresas de tecnologia precisam e muito.

Por exemplo, apesar do pioneirismo na área de TI ser mérito de uma mulher, Ada Lovelace, a matemática que criou o primeiro algoritmo com foco em processamento, por meio de uma máquina (sendo considerada a primeira programadora da história), ainda existe muita desigualdade no mercado e principalmente entre os profissionais de TI.

E, para falar sobre isso, precisamos entender um pouco mais sobre como funciona a diversidade e inclusão no cenário corporativo.

O que é a diversidade e a inclusão nas empresas?

A diversidade, neste contexto, é provar, além do discurso, que uma empresa pode ser um local para todos e todas, incluindo pessoas com diferentes habilidades e características, pertencentes a diferentes grupos culturais e étnicos, ou seja, receber profissionais com distintas etnias, orientações sexuais, classes sociais, gêneros e também pessoas com deficiência (PcD).

Apesar de andarem quase sempre juntas, essas duas palavras trazem significados bem diferentes, especialmente no meio corporativo. Abaixo trazemos uma definição clara e prática sobre ambas:

  • Diversidade é garantir que o seu time esteja fugindo da regra normativa, abrindo espaço para todos os tipos de pessoas e permitindo que elas tenham visibilidade na empresa.
  • Inclusão é fazer com que essas mesmas pessoas possam crescer, se desenvolver e garantir com que suas habilidades individuais sejam valorizadas e potencializadas.

Como é o atual cenário no setor de TI?

Estudos realizados pelo Google Brasil apontam que 29% das pessoas acreditam que a TI é a área menos diversa das suas empresas. Dentro desse número, 36% dos profissionais de TI entrevistados apontam a sua própria área como a que possui menor diversidade entre os profissionais.

Um número ainda mais impactante mostra que 98% concordam que empresas com equipes focadas em DE&I (Diversidade, Equidade & Inclusão) são capazes de oferecer oportunidades mais atrativas aos seus colaboradores. Isso prova a importância para o mercado de tecnologia do debate sobre a área de DE&I para o avanço do setor. E isso representa um grande passo para a inclusão de mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais, Assexuais e outras identidades sexuais) e com deficiência na área de TI.

Segundo dados do Instituto Ethos, somente 13% dos LGBTQIA+ já estiveram em cargos de diretoria e apenas 15% em cargos de coordenação. Cinquenta e quatro por cento dos membros da comunidade LGBTQIA+ ocupam posições de entrada, como analistas, assistentes e estagiários.

Já no caso de pessoas que se identificam como LGBTQIA+, o levantamento aponta que homens gays, mulheres lésbicas e pessoas queer sofrem preconceito por serem considerados frágeis ou incapazes. No caso de pessoas trans – o “T”da sigla – o desafio está na formação profissional.

De que forma o TI pode ser propulsor da diversidade?

É preciso, em primeiro lugar, de lideranças que representam seus colaboradores. 

Um levantamento da empresa de consultoria Santo Caos, o “Demitindo Preconceitos”, revelam números ainda mais alarmantes:

  • 38% das empresas afirmam que não contratariam pessoas LGBTQIA+.
  • 61% dos funcionários pertencentes à comunidade preferem esconder de gestores e colegas de trabalho suas identidades sexuais e de gênero, por medo de repressões.

Quando potencializamos talentos que se enquadram em grupos de diversidades, eles vêm a se tornar líderes que inspiram pessoas.

Recrutadores precisam estar preparados, sempre treinados para entender que diversidade e inclusão são pilares fundamentais de uma empresa, não um bônus.

O debate sobre as diferenças no mercado de trabalho precisam sempre existir. É importante que as empresas busquem a inclusão de funcionários LGBTQIA+, uma vez que os dados mostram o quanto essa situação é preocupante.

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