As metodologias ágeis vão muito além de somente entendê-las e aplicá-las. Após o término de cada ciclo de um determinado projeto, é preciso mensurar os resultados gerados, a fim de avaliar o que funcionou e deve ser mantido ou, ao contrário, o que pode ser melhorado.
Essa atividade é de grande importância e, por isso, precisa ser considerada como um investimento (e não um desperdício) de tempo. Afinal, um dos princípios desse tipo de metodologia é a melhoria contínua, tanto dos times como dos projetos conduzidos por eles.
É importante lembrar: se não analisamos as entregas da maneira correta, não sabemos exatamente onde e como estamos, o que dificulta a visualização dos próximos passos.
Mas, então, quais são as métricas que devemos utilizar em ambientes ágeis?
De maneira geral, boas métricas de negócio são aquelas comparáveis e compreensíveis, incluindo quantitativas e qualitativas, que mostram uma relação ou uma taxa e, assim, auxiliam nas tomadas de decisão.
Porém, é preciso ter em mente que cada projeto é único e, por isso, exige métricas customizadas, de acordo com as suas necessidades. O ideal é definir, previamente, o que vale a pena ser mensurado.
Você sabia que as métricas utilizadas por times ágeis são divididas por categorias?
Sim, elas são segmentadas de acordo com o tipo de entrega que realizam e também com o segmento do qual fazem parte:
- Métricas de Qualidade (Técnico): referentes às ferramentas utilizadas no trabalho. Exemplos: bugs, carga de acesso, cobertura de testes, consumo de máquina, invasões, número de usuários simultâneos, qualidade do código.
- Métricas de Eficácia (Negócio): conectadas diretamente aos problemas das tarefas em questão. Exemplos: índices de satisfação, ticket médio, retorno sobre investimento, aquisição, ativação, faturamento, F4P, NPS, payback, sentimento social, vendas.
- Métricas da Organização (Cultural): focadas na motivação dos profissionais. Exemplos: squad health check, índice de felicidade, turnover, tempo de casa, rotatividade.
- Métricas de Eficiência (Organizacional): conectadas à velocidade da entrega. Exemplos: lead time, cycle time, tempo de espera, tempo de execução, trabalho em andamento, vazão.
- Métricas de Vaidade: servem para felicidade momentânea, mas não oferecem informações suficientes para direcionar a uma decisão. Por isso, não devem ser utilizadas quando a ideia for conseguir melhores resultados. Exemplos: likes, download de apps, compartilhamentos, número de seguidores.
Quais são as métricas geralmente mais utilizadas?
Conforme já citado anteriormente neste artigo, para escolher os dados a serem avaliados, é preciso considerar qual é o negócio e, também, onde deseja-se chegar. Porém, algumas são, geralmente, muito utilizadas e, por isso, devem ser destacadas:
- Burndown: acompanha cada ciclo do desenvolvimento e, por essa razão, representa o progresso diário.
- Burnup: trata das entregas planejadas e mostra em que ponto a equipe está ao longo do sprint.
- Lead time: avalia o tempo total colocado para uma tarefa, incluindo desde a solicitação até a finalização.
- Cycle time: aponta o tempo que a atividade realmente levou para ser produzida, ou seja, que ficou em progresso até a sua finalização.
- Velocidade: checa a capacidade e a agilidade das entregas, podendo ser medida por horas, número de cards ou story points.
Algumas métricas, diversos benefícios
- São muitos os ganhos que podemos ter com a análise dos resultados em ambientes ágeis, entre eles:
- Mais agilidade com o fluxo contínuo de entrega.
- Melhor adaptabilidade e resposta rápida.
- Entre muitos outros.
Fique sempre de olho nos indicadores!
Vale lembrar que os números sempre impactam qualquer negócio, seja interno ou externo. Por isso, precisamos olhar, cada vez mais, para eles.
Na dúvida sobre quais são as métricas pelas quais deve optar, sempre se pergunte sobre onde, quando e como você precisa chegar com o projeto que está desenvolvendo.
Somente com as métricas em mãos, e analisando-as, você saberá se está na direção certa ou se precisará mudar a rota.
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