Apesar de ser o gênero que mais possui curso superior, segundo informações do Fórum Econômico Mundial, as mulheres ainda encontram muitas dificuldades no mercado de trabalho. E no setor de Tecnologia da Informação (TI) não é muito diferente, pois o número delas atuando na área ainda é baixo e, consequentemente, a igualdade de gêneros é uma realidade um pouco distante.
E com a aproximação do Dia Internacional da Mulher – mas não somente nesta data -, a representação feminina em determinados setores se torna um debate necessário. Ainda mais na ciência e tecnologia, já que ainda existe o preconceito contra a ocupação feminina nesses espaços.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), apenas 20% dos profissionais de TI são mulheres. Esse número confirma a falta de representatividade do gênero nas empresas de tecnologia, além da desigualdade e diferença salarial. Esses são alguns dos motivos que as fazem desistir de seguir carreira em STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics).
Dentro da realidade deste cenário, apenas 36% de quem se forma na área de tecnologia em todo o mundo são mulheres, sendo que somente 25% atuam no setor (ainda de acordo com o Fórum). A Runtalent, com seu DNA inovador, busca transformar essa realidade, incentivando o ingresso de mulheres em sua equipe e valorizando as profissionais capacitadas com cargos de gestão. Hoje, a empresa conta com cerca de 20% de colaboradoras e, entre os cargos ocupados, elas estão em diversas funções, que vão desde estagiárias a líderes e gerentes, e em variadas áreas, como desenvolvedoras, engenheiras de softwares, product owner, agile coach, tech recruiter, business partner, passando também por marketing, recursos humanos, entre outras.
O baixo número de mulheres na área de TI é atribuído ao estereótipo
Esse estereótipo de que TI seria um setor pelo qual os homens se interessam mais, bem como a disparidade de gênero na participação e no desempenho na educação em STEM, é enraizado e antigo.
Existe um histórico social e cultural, principalmente no Brasil, que impede as mulheres, desde crianças, de acreditar que podem atuar na área de tecnologia, criando um intelecto de que computador é apenas para meninos. Esse fato se deve à segmentação de gênero em relação às carreiras, ainda na fase inicial da escola, quando as meninas são desencorajadas a cursar disciplinas em exatas e ciências. E pouco, ou quase nada, é feito para engajar e despertar tal interesse.
O fato de terem arraigado que TI seria uma área para homens afastou ainda mais as mulheres, criando um ambiente hostil para o gênero feminino, principalmente pela desconfiança na capacidade dessas profissionais de realizar um bom trabalho.
Felizmente, esse cenário vem se modificando, ainda que gradualmente, graças a iniciativas desenvolvidas por empresas e governos, cada vez mais frequentes, de combate ao machismo e redução da desigualdade de gênero no setor.
Mesmo que em porcentagem baixa, a presença das mulheres em cargos de liderança em empresas globais também colabora com esse avanço, trazendo representatividade e incentivando-as a entrar e seguir carreira nesse setor.
Como incentivar as mulheres a ingressar na área de TI?
Para que as empresas avancem, é essencial ter um ambiente que atraia mais mulheres, pois cria-se uma maior diversidade e inovação. Para isso, é necessário que as organizações estejam abertas a essas mudanças.
Contratar talentos com potencial de desenvolvimento é uma excelente alternativa, pois, além de moldar as habilidades da profissional conforme as necessidades da empresa, sem dúvida será mais vantajoso e efetivo do que buscar, muitas vezes sem sucesso, uma colaboradora “ideal”.
Outra alternativa é reintegrar profissionais experientes que fizeram uma pausa na carreira, mas que desejam voltar ao mercado de trabalho. Isso funciona como uma ponte de volta aos cargos de alto nível, ajudando-a a atualizar seus conhecimentos, habilidades e experiências.
Assim como a Runtalent, os departamentos de TI das empresas precisam apropriar-se do papel de líder na revolução e adotar o modelo de trabalho flexível e remoto, permitindo que as profissionais encontrem equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, entregando, muitas vezes, trabalhos e projetos com qualidade superior aos que seriam entregues em jornadas engessadas e presenciais.
Como apoiar a igualdade de gênero na área?
O aumento da diversidade de habilidades e de gênero no setor de TI dá suporte para o desenvolvimento da indústria. Para atrair e reter os melhores talentos, os departamentos de TI e RH das empresas precisam trabalhar em conjunto para, além de conscientizar os colaboradores contra práticas machistas e sexistas, zelar pela igualdade de oportunidades na área.
Todos têm a responsabilidade de combater este estereótipo e promover a TI como uma indústria dinâmica, interessante e receptiva. Isso inclui valorizar as mulheres e promover atividades que garantam que todas tenham contato com o mundo da tecnologia desde cedo.
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