O ano de 2021 nos trouxe mudanças significativas, não somente pela necessidade e a consequente adaptação ao home office, mas também pelo fato de que os preparativos para o ano seguinte começaram mais cedo. É perceptível a movimentação de líderes e gestores para estruturarem seus times, a fim de reter os colaboradores e capacitá-los. Esse novo fluxo é o que aumenta (positivamente) as expectativas para 2022.
De acordo com um levantamento da consultoria International Data Corporation (IDC), 75% das empresas que não mudarem sua estrutura organizacional para capacitar as equipes de produtos de TI, permitindo a inovação, a disrupção e a escala digital, não conquistarão bons resultados. E esse será um impacto visível a curto, médio e longo prazos.
Isso engrandece ainda mais as estratégias focadas no desenvolvimento e na capacitação de profissionais internos e também na alocação de consultores, visto como alternativas muito rentáveis para as organizações que planejam modernizar-se digitalmente e melhorar suas táticas de negócio. Ir ao mercado, em busca de novos talentos, dá lugar à terceirização de equipes especializadas nas entregas de projetos, podendo ser tanto squads, como também outsourcing de profissionais específicos.
Sem sombra de dúvidas, líderes e gestores responsáveis pelo departamento de Tecnologia e Transformação Digital das empresas já estão preparando suas equipes e infraestruturas para atuarem em grandes projetos nos próximos anos. Segundo o mesmo levantamento, fornecido pela IDC, 70% dos CIOs que não conseguirem administrar a governança, a estratégia e as operações de TI, dividindo-as entre a computação de ponta, dominada pelas áreas de negócio, e a tecnologia operacional, precisarão repensar suas metas.
Tendências tecnológicas para o próximo ano
Parte das principais tecnologias para 2022 estão focadas, exclusivamente, no crescimento de projetos cloud e análise de dados. Algumas delas, de acordo com o Diretor de Operações na Runtalent, Gilberto Reis, são:
Empresas começarão a atuar com o 5G: após o leilão recente de faixas de frequência, empresas de todos os segmentos deverão se preparar para a evolução desta tecnologia e planejar seus próximos passos. Devido ao avanço do 5G no Brasil, muitas barreiras serão quebradas com uma integração cada vez maior dos times.
Crescimento da Inteligência Artificial: também chamado de IA, o processo de automatização dos processos será ainda maior, possibilitando que usuários deixem de executar tantas tarefas repetitivas e passem a desenvolver estratégias focadas no crescimento do negócio.
Fortalecimento do mercado de dados: a prova disso é o crescimento esmagador do mercado de desenvolvedores Python nos últimos anos, conquistando cada vez mais espaço entre as principais linguagens de programação. A volumetria de dados será ainda mais expressiva nos próximos períodos, e tanto empresas quanto consultores deverão se preparar para este cenário.
Soluções cada vez melhores para mobile: este é o mercado que mais cresce no mundo. De acordo com uma pesquisa realizada pela SimilarWeb, nos últimos anos o tráfego mobile aumentou 30,6%, enquanto o tráfego oriundo de desktops caiu 3,3%. Foi-se o tempo em que o foco estava em desenvolver aplicativos e/ou estratégias de negócio focadas somente em desktop.
Perspectiva para a Runtalent
Contudo, ainda segundo Gilberto Reis, as expectativas para a Runtalent são as melhores para o próximo ano: “a nossa meta para 2022 é crescermos entre 20 e 30%. Para isso, a nossa estratégia está focada em reter talentos, fechar parcerias estratégicas, capacitar ainda mais os times e oferecer sempre as melhores vagas para os profissionais que buscam novas oportunidades no mercado.”
A perspectiva é de que os serviços de squad e alocação de profissionais (outsourcing) contem com ainda mais profissionais especializados, multiplataformas, ágeis e espalhados por todo o Brasil – o regime de contratação home office e a gestão de equipes a distância deu muito certo em 2021 e, por isso, continua nos planos.
O número de recrutadores especializados em mais tecnologias também aumentou, e isso abre espaço para que os serviços sejam expandidos, atingindo novos mercados. “No próximo ano, vamos direcionar as estratégias para intensificar a presença em mercados pouco explorados. Para isso, precisamos estudar cada passo, a fim de investirmos de maneira certeira”, completa Reis.
Home office x modelo híbrido de trabalho: ainda haverá debate sobre este tema?
Ainda teremos muitos debates sobre a preferência das empresas e dos colaboradores pelo home office ou sistema híbrido de trabalho. Porém, a grande dúvida para o próximo ano será em relação ao tamanho do gap que enfrentaremos. Não somente no que diz respeito ao aquecimento do mercado, mas também ao número reduzido de profissionais disponíveis para atender as demandas empresariais.
O sistema de trabalho será adaptável para cada empresa e regime de contratação. Para os segmentos em que existe uma necessidade maior de atendimento presencial, é inegável que o trabalho in loco será a opção. Caso a organização consiga sustentar o fluxo de entregas das equipes em formato 100% home office, não há motivos para mudar tal cenário.
É fato que o avanço do 5G possibilitará, principalmente, a conectividade dos times e uma comunicação ainda mais avançada em qualquer canto do País. Mas precisamos nos atentar ao fato de que isso ainda está em desenvolvimento. O próximo passo é reestruturar as equipes, planejar as próximas etapas e atentar-se às tendências que surgirão nos próximos meses.
E você, o que espera deste mercado em 2022? O que tem feito para contribuir para o futuro? Deixe aqui nos comentários!