MulheresTechs: O empoderamento feminino através da tecnologia

A proximidade com o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, suscita uma discussão importante, especialmente em um meio predominantemente masculino como o da Tecnologia da Informação: é possível alcançar o empoderamento feminino através da tecnologia?

É este assunto que vamos debater ao longo deste artigo. Compreenda conosco quais tipos de medidas podem ser tomadas para reverter um quadro bastante negativo, onde, no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), apenas 20% dos profissionais de TI são mulheres. 

Acompanhe-nos nesta leitura e faça parte desta importante discussão também!

O Dia Internacional das Mulheres

A história do Dia Internacional da Mulher está relacionada à luta feminina por igualdade de direitos, melhores condições de trabalho, salários dignos e outras reivindicações importantes. 

Em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York fizeram uma greve para exigir melhores condições de trabalho e salários mais justos, que terminou reprimida de forma violenta, mas como um marco histórico na luta pelos direitos das mulheres.

Em 1910, a II Conferência Internacional das Mulheres, realizada na Dinamarca, propôs a criação de uma data para celebrar a luta feminina por direitos iguais. A partir daí, o 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher, sendo oficialmente reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.

O objetivo da data é celebrar as conquistas das mulheres, mas também para lembrar que ainda há muito a ser feito para garantir que todas elas tenham voz, vez e direitos iguais.

Como a tecnologia impacta o dia a dia da mulher brasileira?

A tecnologia tem um papel fundamental no cotidiano da mulher brasileira. Hoje em dia, é possível realizar diversas tarefas utilizando apenas um smartphone ou computador, desde o acesso à informação e serviços, até a realização de atividades de trabalho e estudo.

Além disso, a tecnologia tem contribuído para a criação de novas oportunidades de trabalho e empreendedorismo para as mulheres na tecnologia. Por meio de plataformas online, mulheres podem prestar serviços, atuar em projetos digitais, entre outras tantas atividades, o que tem contribuído para a inclusão de mais mulheres na economia digital.

É importante citar o fenômeno das “femtechs”, startups criadas por mulheres para resolver questões relacionadas à saúde e ao bem-estar femininos, usando tecnologia para diagnósticos e para democratizar o acesso a produtos e serviços de saúde. 

Essas empresas devem gerar receitas de US$ 1,1 bilhão até 2024, segundo a consultoria global Frost & Sullivan.

Porque é importante ter um equilíbrio de gênero nas áreas STEM?

De acordo com a opinião de especialistas do segmento, é fundamental alcançar um equilíbrio de gênero nas áreas STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) por três motivos principais. 

Em primeiro lugar, a expansão do conhecimento é afetada pela forma como abordamos os problemas científicos. A falta de diversidade na ciência pode priorizar apenas os interesses masculinos e ignorar as necessidades femininas, afetando a expansão do conhecimento. Mais mulheres na pesquisa científica podem levar a descobertas e invenções provenientes de diferentes perspectivas. No entanto, menos de 20% das graduações em ciências da computação e apenas 22% dos doutorados em engenharia nos EUA são laureados por mulheres.

Em segundo lugar, é importante alcançar um equilíbrio de gênero neste segmento para o desenvolvimento social. Com o mundo cada vez mais digital e tecnológico, as áreas de STEM têm um número crescente de empregos bem remunerados. Entretanto, se menos mulheres se graduarem nessas áreas, elas terão menos acesso aos melhores empregos, o que aumenta a desigualdade de gênero e social. Muitas famílias são mantidas por mulheres, e se elas não têm acesso aos melhores empregos, isso afeta não apenas elas, mas também a evolução da sociedade.


Por fim, outro motivo importante para alcançar um equilíbrio de gênero nas áreas citadas é que isso pode aumentar a inteligência coletiva das equipes. Um estudo realizado pelo pesquisador Thomas Malone, do MIT Sloan, mostra que a proporção entre homens e mulheres é um dos três principais aspectos associados à inteligência coletiva de um grupo. Quando há mais mulheres, a inteligência coletiva tende a ser maior. Dessa forma, aumentar a participação feminina em carreiras STEM pode ampliar a inteligência coletiva dos times.

Mulheres na tecnologia e a importância de empoderamento feminino

A presença de mulheres na tecnologia é fundamental para garantir um futuro mais equitativo e inclusivo. Infelizmente, ainda existem muitas barreiras para que as mulheres ingressem e permaneçam nesse setor. Por isso, é importante promover o empoderamento feminino através da tecnologia.

Isso significa criar oportunidades para que mais mulheres possam se capacitar e atuar na área de tecnologia, bem como incentivar a criação de soluções tecnológicas que atendam às necessidades das mulheres e estimulem a busca por igualdade na área de TI.

O empoderamento feminino por meio da tecnologia pode ser alcançado de diversas formas, como com programas de capacitação e mentoria para mulheres na área, criação de comunidades e redes de apoio para mulheres que atuam nesse setor, e desenvolvimento de soluções tecnológicas que promovam a inclusão e a diversidade.

Os 7 princípios do empoderamento feminino (ONU Mulheres)

A ONU Mulheres criou os 7 Princípios do Empoderamento Feminino, que são uma série de orientações voltadas para empresas e instituições que desejam promover a igualdade de gênero e o empoderamento feminino. Esses princípios são:

  • Estabelecer liderança corporativa sensível ao gênero e promover a igualdade de gênero;
  • Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não-discriminação;
  • Assegurar a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa;
  • Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres;
  • Implementar práticas de desenvolvimento empresarial e de cadeias de suprimentos responsáveis e sustentáveis;
  • Promover a igualdade de gênero mediante de iniciativas voltadas para a comunidade e o ativismo social;
  • Medir e publicar relatórios sobre os progressos alcançados na promoção da igualdade de gênero.

A Runtalent como apoiadora no desenvolvimento da MulherTech

A Runtalent é especializada em oferecer serviços de alocação, squads ágeis e gestão de times e projetos de TI há quase duas décadas. No entanto, mais do que entregar soluções de alta qualidade, a Runtalent tem se preocupado em tornar o mercado de trabalho de TI mais inclusivo.

Para Simone Cipriano, nossa Head de RH, é urgente a adoção de medidas afirmativas para além de discursos, especialmente em um segmento predominantemente masculino como esse.

“Um ponto fundamental é que as empresas precisam se lembrar de que equipes diversas geram soluções mais eficazes, o que tem o potencial de proporcionar muita rentabilidade para o negócio. Por isso, incentivar a atuação das mulheres na tecnologia é benéfico para todos os envolvidos”, afirma.

De olho nessa urgência, a própria Runtalent planeja aumentar o quadro de colaboradoras que hoje é de 25% para 35%, dentro de três anos, número acima da média nacional  estipulada em 12,7%. Essa decisão vem como uma resposta às mudanças no mercado de trabalho e a necessidade de diversificar o grupo de colaboradores.

“Internamente, a nossa operação já conta com um quadro majoritariamente feminino, inclusive nos cargos de liderança. Mas, como uma empresa de outsourcing, o desafio é transmitir nossos valores de diversidade aos nossos clientes”, avalia Simone.

Se você compartilha desse sentimento, e deseja levar para sua empresa sucesso e resultados positivos em projetos digitais, entre em contato com um de nossos especialistas agora mesmo e veja como podemos transformar o seu projeto!