Existem algumas funções que, mesmo não sendo tão divulgadas ou conhecidas por todos, fazem uma grande diferença no dia a dia das organizações. A de Business Partner (BP) é uma delas! Embora relativamente nova, tendo surgido na década de 1980, vem se popularizando nos últimos anos.
É importante pontuar, antes de tudo, que essa posição pode ser ocupada tanto por mulheres como por homens. Mas você sabe quais são as suas atribuições? E de que maneira ela pode contribuir para o ambiente corporativo? De forma geral, seus objetivos são: atuar como um elo entre o departamento de Recursos Humanos (RH) e os demais setores de uma determinada companhia, além de garantir a satisfação e o senso de pertencimento dos profissionais, sendo colaboradores, consultores ou parceiros de negócios (ao observar, antecipadamente, seus anseios, dores, necessidades e, então, buscar as possíveis soluções). Como resultados, o BP consegue atrair e reter talentos, auxiliar para o aumento da produtividade e da performance e ser um verdadeiro parceiro de negócios.
Também conhecido como Consultor de Gestão ou Consultor Interno de RH, o BP é, ao mesmo tempo, analítico, estratégico e generalista. Ele é o grande parceiro do profissional, realizando o onboarding, acompanhando a possível contratação, mantendo o contato no dia a dia, ajudando no desenvolvimento, entre tantas outras tarefas. Enfim, o acompanha durante toda a jornada na empresa.
Para se tornar um Business Partner, é preciso ter uma formação específica?
De maneira geral, os BPs são formados em Administração ou Psicologia. Mas nada impede de terem um outro tipo de instrução, até mesmo porque já existem, hoje em dia, cursos rápidos e distintos voltados para essa atividade.
Quais são as habilidades que um Business Partner deve ter?
Além daquelas ligadas à área de RH e, principalmente, à gestão de pessoas, o BP precisa ter foco em planejamento, saber se comunicar, prever riscos, mediar conflitos, estar atento aos detalhes, saber lidar com gestores e equipes. E não para por aí: ele deve trazer a cultura da empresa para perto de todos, analisar quando é interessante utilizar as políticas pré-estabelecidas ou, ainda, criar novas práticas para casos peculiares. Também precisa estar sempre de olho nos dois lados da moeda e fazer com que a possível resolução seja interessante para ambos.
O BP pode atuar em empresas que vão desde as menores e locais até as grandes e multinacionais. E atender aos mais variados segmentos, o que reforça a importância do conhecimento aprofundado no ramo em questão. Vale lembrar que ele atende tanto os profissionais que atuam internamente como os consultores alocados nos clientes.
E mais: o Business Partner auxilia os gestores das áreas que, na maioria das vezes, são extremamente técnicos e não conseguem dar atenção aos detalhes voltados às pessoas.
São 5 os principais desafios do Business Partner. Conheça cada um deles!
- Realizar: ou seja, receber, acompanhar, ouvir, instruir, negociar, atender às necessidades e adequar o profissional às estratégias e às culturas tanto da empresa da qual ele faz parte como de seus clientes.
- Gerar satisfação: nem sempre é possível agradar a todos com uma mesma ação. Por isso, o BP está em constante busca para entender cada dor e, então, propor as devidas soluções. É importante que fique evidente, para todos eles, esse interesse em prol de seus anseios.
- Planejar: faz parte dos deveres do BP estruturar ações e/ou estratégias capazes de atender às necessidades desses profissionais, dos gestores das áreas e também dos clientes. Por isso, ele se coloca sempre tão próximo dessas partes, encontrando o meio termo e, ao mesmo tempo, alinhando todas elas.
- Prever riscos: um assunto que desestrutura muitas empresas é a possibilidade de perder um talento, especialmente para aquelas que atuam com questões mais técnicas. Por isso, o BP deve estar sempre atento aos sinais, mapeando e avaliando suas experiências antes que fiquem totalmente insatisfeitos e decidam deixar a organização.
- Capacitar: entender as carências de cada profissional e também da equipe como um todo, para propor possíveis treinamentos (internos ou externos) relacionados a comportamentos, valores, questões técnicas etc. Logicamente, o BP entende a necessidade e conversa com o gestor da área, para que ele autorize.
Business Partner: um pouco da história dessa função
O conceito HR Business Partner (BP) foi abordado, pela primeira vez, na década de 1980, no livro “Human Resource Champions” (em português, Campeões de Recursos Humanos). Trata-se de uma obra literária de David Ulrich, considerado o “guru” da gestão de pessoas.
Opine sobre esse tema!
Gostou do artigo? Compartilhe conosco e com todos os que nos acompanham. Escreva nos comentários!